quinta-feira, 28 de maio de 2015

SARGENTO ADERSON MATA ANTONINO CARNEIRO EM CARAÚBAS

17/10/1967 - O Sargento Adelson Adriano Pires assassinou o vereador Antonio Benevides Carneiro, natural de Caraúbas-RN, nascido a 10 de maio de 1910, filho de Cândido José Ramalho e de Maria da Paz Benevides. O crime aconteceu no mercado público de Caraúbas. O sargento sofreu um tiro desfechado por Antonio Benevides. O policial ao cair ferido, se fez que estivesse morto, daí o agressor foi verificar se realmente o sargento estava morto, daí sofreu um tiro certeiro desfechado pelo sargento Adelson
Sargento Aderson em 1966 foi nomeado novo delegado de polícia de Caraúbas, que ao chegar na cidade tornou-se o melhor amigo de Antonino Benevides. Por sua vez Antonino, não fazia por menos e era Deus no céu e Aderson na terra. Aderson, mulher e filhos estavam quase na casa de Antonino e quando Antonino matava um bode ou um carneiro, uma parte era para o amigo Aderson, além do leite do consumo da família, que todo santo dia, Antonino mandava deixar na casa dele. Ma parece que algumas pessoas tinham inveja da amizade dos dois e depois de um bom tempo passaram a levar e trazer mentiras. As pessoas que não gostavam de Antonino sabiam que Aderson era um homem corajoso e que esta era a oportunidade de eliminar Antonino, jogando um contra o outro. No dizer de Deusdete Fernandes, o delegado tinha medo de Antonino e evitava que os boatos mentirosos gerassem algum tipo de conflito entre os dois. Antonino, muito corajoso e ao mesmo tempo muito teimoso, alimentava sem querer, de certa forma, o leva e traz dos fofoqueiros de plantão. Em Caraúbas, nessa época, não havia ainda o sistema de água encanada e todo o consumo da população da cidade era do açude grande. A preocupação começava pelo meio ano e, a partir do mês de outubro quando o nível de água no açude baixava a preocupação das pessoas com a qualidade da água aumentava. Caraúbas tinha uma média de 15 ou 20 carroceiros que viviam de botar água nas casas dos que podiam pagar por esses serviços. O prefeito José Nicodemos havia determinado que a polícia fiscalizasse o açude para que não deixasse nenhum carroceiro entrasse com as carroças no açude ou ficar muito à beira. Isso por causa dos animais, os burros que puxavam as carroças normalmente, quando entravam na água, bebiam e urinavam ali mesmo. Até que um dia houve o descumprimento da ordem pelo filho mais velho de Antonino, o Ribamar, que dizia que a ordem servia para uns e outros não. Antonino jamais concordavaria com a atitude e com o mal feito do filho, mas ficou muito revoltado por não ter sido avisado pelo delegado (seu amigo) o que muita gente na cidade já sabia. Isso para ele foi uma traição do Aderson e a partir daquele momento começaram as divergências entre os dois. As pessoas que gostavam de ver o circo pegar fogo, os fofoqueiros de plantão, faziam piadas, comentários e até previsões de como terminaria o enrasco dos dois. Antonino foi a Natal e pediu ao Monsenhor Walfredo Gurgel para tirar o delegado Aderson de Caraúbas, mas não foi atendido o seu pedido. Ao comentar para o Governador que um dos dois morreria. O Monsenhor aconselhou que ele vendesse o revólver e comprasse um rosário. Antonino saiu mais revoltado dali e respondeu ao Monsenhor que ia comprar era mais munição para o revólver e já saiu de lá rompido com o Governador. Antonino voltou para Caraúbas enfurecido e, diante do não do Governador, só falava no ódio que sentia pela política local, e do Monsenhor que era primo de sua esposa e primo da esposa do seu irmão Raimundo Benevides. Falava que não via outra saída a não ser a de partir para o ataque. Não ouviu mais ninguém, estava do jeito que os adversários queriam. Talvez fosse a praga de Chica Cancão se repetindo pela segunda vez depois da morte de LUIZ CÂNDIDO falecido em 19 de outubro de 1962. Eram decorridos 9h30, do dia 17 de outubro de 1967, quando irmão de Antonino, senhor Raimundo Benevides encontrava se com o sargento Aderson em frente a farmácia do senhor Hermes, tentando mais um acordo, quando Antonio Benevides foi chegando e dizendo: “Meu irmão você ainda esta falando com este cara sacana?”. O delegado disse: “Calma Antonino, eu não quero brigar com você!. Antonino puxa o revólver e dá três tiros em Aderson que, mesmo baleado, corre para dentro do mercado público, se apóia em uma pilastra e saca o revólver. Antonino ao entrar no mercado, sem ver onde o sargento estava escondido, foi atingido por um único tiro bem abaixo do olho direito e caiu morto no chão no mesmo instante. Depois disso, o sargento delegado saiu do mercado e ao ver Raimundo Benevides (irmão de Antonino), gritou: “Seu Raimundo me socorra! Me ajude! Raimundo Benevides pegou o sargento e o colocou num carro (Jeep) e pede que o levem para a Maternidade Elisa Simões. Depois Raimundo Benevides vai para o mercado a procura do irmão e o encontra morto. Já não pode fazer nada. Raimundo Carneiro, primo e cunhado de Antonino, vim há chegando de sua fazenda tirou direto para a maternidade e de arma na mão, entrou pelos corredores da maternidade procurando onde estava o sargento. As pessoas correndo, só o médico e a diretora, Dona Nanete, ficaram e falaram para ele que o sargento já havia sido transferido para Mossoró.

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